Desenvolver o potencial, ampliar as relações comerciais, trazer novos investimentos e transformar o Brasil em um grande eixo logístico. Esses são alguns dos objetivos que há anos permeiam a discussão em torno do desenvolvimento da logística nacional. A partir dessa problemática, questões importantes foram discutidas na feira Intermodal South America, em São Paulo, para que as metas saiam do papel e possam ser concretizadas.
A principal mola de engrenagem é a união de esforços entre o setor privado e o poder público que visa analisar a situação atual e apontar possibilidades e soluções para desenvolver o segmento. Um exemplo dessa associação acontece em Pernambuco através de uma iniciativa do Cone – Condomínio de Negócios multimodal instalado próximo ao Porto de Suape (PE), que na última segunda-feira (12) realizou no Recife o evento “Logística e Inovação”.
O encontro contou com a participação de dois grandes nomes da logística: Yossi Sheffi, diretor do Centro de Transportes e Logística do Massachusetts Institute of Technology (MIT), e Jorge Quijano, CEO do Canal do Panamá. “É importante conhecer e entender o que deu certo em outras regiões, em outros países, e como eles ganharam destaque no setor. Tudo para que possamos desenvolver novas empresas, criar novas soluções a partir desses exemplos de sucesso”, pontua Marcos Roberto Dubeux, presidente do Cone.
Além deles, esteve presente também o governador do estado de Pernambuco, Paulo Câmara, que demonstrou acreditar da importância dessas parcerias público-privadas para que incrementos no setor se concretizem. “No caso de Pernambuco, todos nós sabemos que a localização do Estado oferece condições de ser a porta de entrada de tudo que vem de fora e ser um grande centro distribuidor do Norte/Nordeste”, avalia.
Apesar da excelente localização geográfica (mais próximo da Europa, África e América do Norte) e outros facilitadores, como aeroporto com grande capacidade, o Estado ainda encontra dificuldades e gargalos. Um deles, que é um problema nacional recorrente em todas as fronteiras dos Estados brasileiros, são os postos fiscais, que geram atrasos e retenção de cargas. Para solucionar esse transtorno, uma possibilidade é apostar na tecnologia para agilizar o processo de fiscalização. Com essa perspectiva, o Cone propôs uma parceria do Porto de Suape com o Porto Digital.
O objetivo é linkar grandes empresas a startups, apostando na inovação para otimizar resultados e diminuir os custos. “Pernambuco vai sair na frente para desenvolver junto ao Porto Digital soluções para ter mais celeridade e velocidade nesses assuntos. Queremos criar ferramentas que funcionem em Pernambuco e que possam ser replicadas por todo o país”, comenta Marcos Roberto Dubeux.
Fonte: Comex do Brasil